O governo ainda está cauteloso em abrir fronteiras, apesar de preocupações com a escassez de mão de obra
Há mais de 370 mil cidadãos estrangeiros que não podem entrar no Japão, apesar de terem pré-certificação para status de residente desde 1º de outubro, devido a controles de fronteira destinados a limitar a propagação da Covid-19, soube o site Nikkei.Cerca de 70% desses que não podem entrar no Japão são estagiários técnicos e estudantes internacionais. Enquanto muitos países estão tomando medidas a fim de relaxar restrições de imigração e reabrir suas economias, o Japão, em princípio, continua fechado para entradas de estrangeiros de todos os países.
Cidadãos estrangeiros devem requerer um certificado de elegibilidade antes de viajar ao Japão para ficar no país por mais de 3 meses. De acordo com uma fonte do governo, a Agência de Serviços de Imigração emitiu certificados de elegibilidade para 578 mil pessoas desde janeiro de 2020, dos quais 371 mil ainda não entraram no Japão.
O governo impôs controles de fronteira mais rigorosos em janeiro. A entrada é permitida somente para residentes estrangeiros que retornam e outros com status especiais, como cônjuges de japoneses. Cidadãos estrangeiros que retornam devem fazer testes PCR e passar por quarentena.
O Ministério da Saúde está considerando relaxar as restrições, mas continua preocupado que permitir mais cidadãos estrangeiros ao Japão levará a um aumento nos casos de Covid-19 e novas variantes do vírus.
O governo está planejando relaxar gradualmente controles de fronteira após a eleição no parlamento em 31 de outubro, dando prioridade a viajantes a negócios de curto período.
As restrições estão somando pressão à grave escassez de mão de obra no arquipélago. Havia previsão de chegada de 194 mil estagiários técnicos ao Japão após 2020, dos quais 111 mil não entraram no país.
Cerca de 120 mil estudantes internacionais vinham ao Japão anualmente antes da pandemia. Mas do total de 199 mil que foi aprovado desde 2020, 147 mil não entraram no país.
“Se as restrições continuarem será impossível continuar nossos negócios dentro de 1 ano”, disse um representante de uma escola de língua japonesa.
Fonte: Portal Mie com Asia Nikkei