O governo do Japão quer as ideais e energia que o talento internacional pode trazer para a economia
O Japão planeja permitir que empresários estrangeiros morem no país por 2 anos sem um lugar de negócios ou investimento, soube o site Nikkei, buscando ajudá-los a sair do zero ao relaxar as exigências de residência.A ação marca a mais recente tentativa de Tóquio de energizar a economia do Japão com uma injeção de talento internacional.
Regras atuais exigem que estrangeiros garantam um lugar de negócios e pelo menos 2 funcionários a tempo integral ou um investimento de ¥5 milhões (US$33 mil) para se qualificar para uma residência de gestão de negócios.
A exigência de investimento está intimidando empresas novatas que podem nem ser lucrativas. Um período de carência de 2 anos permitiria que os donos foquem no crescimento de seus negócios.
“Grandes empresas japonesas não perderam seus apetites para investimento, então as startups têm perspectivas para atrair fundos” no Japão, disse Yuma Saito, presidente do Deloitte Tohmatsu Venture Support.
Relaxar a exigência de local pode permitir que estudantes internacionais comecem um negócio enquanto ainda estão na universidade.
O governo do Japão visa revisar regras de residência para donos estrangeiros de negócios no próximo ano fiscal. Dois programas separados para promover empreendedorismo serão combinados.
Um dos programas, o qual facilita para que estrangeiros iniciem um negócio em 13 zonas especiais, começou em 2015 e aprovou mais de 380 pessoas desde abril. A maioria está em grandes cidades como Tóquio e Fukuoka, enquanto as menores têm enfrentado dificuldades para atrair talento estrangeiro.
Cerca de 35 mil cidadãos estrangeiros moraram no Japão sob o status de residência de gestão de negócios desde o fim de junho, cerca de duas vezes mais do que em 2015, divulga a Agência de Serviços de Imigração.
Apesar desse crescimento, o governo acredita que as dificuldades para estrangeiros abrirem um negócio no Japão continuam muito grandes.
Kempei Monna nasceu em Xangai, na China. Ele opera a Kauche, uma startup japonesa que desenvolve apps para e-commerce.
“O maior desafio é a língua”, disse Monna. “Se você não domina o japonês, você não consegue nem concluir os procedimentos de incorporação”.
Fonte: Portal Mie com Ásia Nikkei